Essa poesia foi capaz de me render 3 recados na rede de relacionamentos do orkut e, segundo constava neles, fama numa pequena cidade do interior do Paraná.
Nem preciso observar que a fama numa pequena cidade do interior do Paraná é na verdade comentários num grupo de poucas adolescentes gordas e sem vida social de uma pequena cidade do interior do Paraná. Como ela é de abril de 2007, hoje as adolescentes gordas e sem vida social já devem ser adultas gordas e sem vida social.
METAFÍSICA INCIDENTAL
Invejo-me: não sou o que não devia ser.
Invejo-te: não me és!
Inveja doentia, inveja de impotência, inveja perseverante, inveja renitente.
Verme que me come as estranhas entranhas.
E que essência tem as lembranças senão atrapalhar!
Se boas, deixam saudade; se ruins, despertam vingança...
vingança do destino, vontade ao irrealizável, auto-vingança.
É incrível com a pior das dores não é a pior dor
(e lastimável como o maior dos amores não é o maior amor).
Sementes da infelicidade! Sonhamos além da conta,
Confrontamos valores, mudamos as formas, cores e voltamos às dores!
Então chego à praça e vejo a esquina.
Quanta gente na praça!
Talvez por isso ir à praça é melhor
e talvez por isso a esquina me seduz...
Vivemos equilibrando-nos entre a condição racional e o instinto
até que percebemos que o mundo é feito de sensações (e não pensamentos).
Pois não há técnica que substitua a criatividade,
Não há razão que substitua o amor,
Não há futuro que substitua o presente,
E a melhor metafísica é não haver metafísica nenhuma.
E nesta indisposição pós-sono tropeçamos nos “ses”,
o incerto à si, o incesto e a cisma, o incenso e o surto, o inerte...
Condiciono-me racional racionalmente até atingir o natural não naturalmente.
Pensar para não pensar e assim não haver pesar,
cargas ou descargas da consciência.
Subconsciência sã, ciência insana, consciência paranóica.
Idealizo, então, a inveja da vingança...
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